Ambos os fenómenos, a fadiga por compaixão e o burnout, têm sido estudados, juntamente com o stress traumático secundário, como conceitos muito influentes nos profissionais de saúde, e vários modelos teóricos têm tentado encaixar estes constructos. Os três conceitos acima referidos têm sintomas que se sobrepõem, pelo que decidimos apresentar apenas um modelo, talvez o que melhor os relaciona. Trata-se do modelo descrito em 2010 por Stamm. Ele cunhou o termo "qualidade de vida profissional", referindo-se à "qualidade sentida em relação ao trabalho", que, naturalmente, engloba tanto aspectos positivos como negativos.
Assim, de acordo com Stamm, neste modelo poderíamos falar da componente negativa da qualidade de vida profissional como "fadiga por compaixão"; a sua contrapartida positiva é a "satisfação por compaixão". Por sua vez, a "fadiga da compaixão" inclui o burnout e o stress traumático secundário.